segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O encontro de Leidiane e Capitu em Piatã

Perto da minha casa reside o lendário seresteiro Júlio Nascimento, que, na minha singela opinião, é o melhor cantor de música brega do Brasil. Suas músicas falam sobre garimpeiros traídos, mulheres ingratas, cabarés, prostitutas, cachaça e todos os elementos que compõem o imaginário corno nacional. Outro dia sonhei que encontrava, em frente à casa do Júlio, ninguém menos que o aclamado Joaquim Maria Machado de Assis, fundador da Academia Brasileira de Letras e influência presente nos meus textos. Lá estava eu, emocionado, apertando a mão do “Bruxo do Cosme Velho”, como é conhecido. Qual a relação entre Júlio e Machado? Acredito que nenhuma. Mas essa é a graça do subconsciente: tornar possível o impossível. Subverter a realidade. Quiçá seja essa uma das funções da arte. Fazer-nos sonhar para além das fórmulas matemáticas.

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